Chapter 11: Capítulo 11: A Ascensão do Poder de Leonhardt
O campo de batalha estava em ruínas, o rei dos Varnaks agora uma pilha de cinzas dispersas pelo vento. Os últimos ecos de seu rugido ainda reverberavam pelo ar, mas logo, uma sensação de quietude tomou o lugar. A vitória foi difícil, mas havia sido alcançada. No entanto, para Leonhardt, o custo de tudo isso parecia ser algo além do que ele havia antecipado.
Ele estava ali, de pé, sobre a terra marcada pela batalha, seus olhos queimando com uma nova intensidade. Sentindo uma fome crescente, o poder de Muzan, que agora fluía em suas veias, se manifestava de uma maneira diferente da primeira vez que o havia utilizado. Ele não era mais o mesmo homem. A absorção da essência dos Varnaks derrotados tinha sido um passo decisivo. A cada ser consumido, uma onda de poder mais forte tomava conta de seu corpo. As habilidades adquiridas estavam além de qualquer coisa que Leonhardt pudesse imaginar.
Ele se curvou ligeiramente, sentindo as mudanças em seu corpo. Suas mãos tremiam com energia pura, uma força que ele nunca soubera possuir. Ele havia consumido a essência de vários Varnaks caídos, seus corpos eram agora partes de seu ser. O resultado foi uma transformação não apenas física, mas também mental.
O primeiro efeito mais evidente foi sua força bruta. Ele podia sentir seus músculos se expandindo, seu corpo se tornando mais denso, mais forte. Sua resistência ao frio e ao gelo, adquirida de uma das habilidades dos Varnaks, fazia seu corpo resistir a ataques elementares sem um único desconforto. Seu olfato também se aprimorou, permitindo-lhe sentir cada movimento ao seu redor, perceber o mínimo de pressão no ar. Era como se seus sentidos estivessem conectados diretamente com o mundo à sua volta.
Mas o mais notável foi o aprimoramento de sua habilidade física. Seus reflexos se tornaram rápidos, além do que a visão humana poderia acompanhar. Ele agora tinha a agilidade de um predador, sem as limitações de cansaço. O poder que ele havia consumido, somado à sua essência aprimorada, formava uma força imbatível.
Ao testar suas habilidades, Leonhardt não pôde deixar de sorrir. Ele agora possuía um poder colossal, livre dos efeitos colaterais que Muzan havia enfrentado. Seu corpo estava mais forte do que nunca, seu espírito imbatível. Ele sentiu uma certeza interna, uma confiança crescente. Não havia limites para o que poderia fazer a partir daquele momento.
Enquanto Leonhardt ainda se testava, o grupo de Guardiões da Luz se aproximou. O líder deles, uma mulher alta de cabelos prateados e olhos azuis profundos, caminhava à frente de seus companheiros. Sua aura irradiava respeito, mas também uma gentileza que parecia ser a sua verdadeira força. Ao se aproximarem de Leonhardt e seu grupo, ela fez um sinal para seus aliados pararem.
"Vocês são os heróis que enfrentaram o rei dos Varnaks?" perguntou a mulher com uma voz firme, mas admirada. "Não acreditávamos que alguém seria capaz de derrotá-lo."
Leonhardt, com um sorriso discreto, respondeu: "Foi um trabalho em equipe. Mas sim, fomos nós." Ele sabia que essa vitória representava muito mais do que a simples derrota de um monstro. Era a confirmação de que seu poder estava crescendo de maneira irreversível.
Os membros dos Guardiões da Luz observaram o grupo de Leonhardt com uma mistura de curiosidade e gratidão. Alguns se aproximaram, apertando as mãos de seus companheiros e expressando seu reconhecimento pela batalha travada. Leonhardt sentiu o olhar atento da líder sobre si, que parecia avaliar cada palavra e cada movimento.
"Em nome da Associação dos Despertados e dos Guardiões da Luz," começou a líder, "somos gratos por sua ajuda. Sua coragem foi notável, e sua força foi o que nos permitiu manter o equilíbrio. Como forma de agradecimento, gostaríamos de recompensá-los."
Leonhardt levantou uma sobrancelha. "Recompensas? Não fizemos isso por isso, mas..." Ele parou por um momento, refletindo. Não era por uma questão de dinheiro ou benefícios que eles haviam se envolvido na batalha, mas era claro que essa ajuda tinha um preço, e ele estava disposto a negociar.
A líder dos Guardiões da Luz sorriu levemente. "Entendo. No entanto, ainda acreditamos que ações como as suas merecem reconhecimento. Como um pequeno gesto de nossa gratidão, gostaríamos de oferecer uma residência em Tóquio. É uma cidade segura e uma ótima base para quem deseja crescer e fazer parte da nossa rede de alianças."
Leonhardt pensou por um instante. Ele já havia decidido que Tóquio seria a melhor escolha para estabelecer uma base para seu grupo, e essa oferta parecia perfeita.
"Eu aceito. Tóquio é uma boa escolha." Ele olhou para os outros membros do seu grupo, que estavam, por sua vez, apreensivos, mas ansiosos pela chance de descansar e recomeçar.
"Ainda há mais," continuou a líder, com um leve aceno. "Como parte de nossa aliança, queremos ajudá-los a dar o próximo passo. Daremos a vocês uma carta de recomendação para a Associação dos Despertados. Isso facilitará o processo para a criação de uma guilda com o apoio da nossa facção. Em breve, poderão registrar seu próprio grupo, com todo o respaldo necessário."
Os olhos de Leonhardt brilharam com a possibilidade. Uma guilda própria, com uma base segura e aliados poderosos, era exatamente o que ele precisava para garantir que o futuro de seu grupo fosse promissor.
"Isso é mais do que suficiente. Obrigado," Leonhardt disse, com um aceno de gratidão.
A líder dos Guardiões da Luz sorriu de volta. "Nós é que devemos agradecer. Sua força foi a chave para nossa sobrevivência. Desejamos sucesso em sua jornada. E não se esqueçam, a Associação dos Despertados estará aberta para vocês, assim como nós."
Com isso, a líder e os Guardiões da Luz se retiraram, deixando Leonhardt e seu grupo para refletirem sobre os próximos passos. Leonhardt sentiu o peso de seu novo poder e a responsabilidade que o acompanhava. Ele sabia que o futuro deles não seria fácil, mas também sabia que eles estavam mais fortes do que nunca.
Enquanto o grupo começava a se reunir, Leonhardt olhou para o horizonte, pensando em Tóquio, no novo começo, e no que mais o futuro reservava. Ele não sabia o que viria a seguir, mas sabia que estava preparado para enfrentar qualquer desafio.